Olá,
modificando um pouco nossa rotina de publicação, hoje disponibilizo outro
artigo inédito, que escrevi como base no Site da OPAS/OMS. As informações,
portanto, são oficiais e importantes.Nossas atualizações prosseguem agendadas
semanalmente as quintas-feiras como sempre. Espero que gostem. Até o próximo
post!
OPAS/OMS Brasil - Dia
Mundial da Saúde 2019 - 07/04
Fonte: https://www.paho.org/bra
Dia
Mundial da Saúde 2019. Para marcar a dada a OMS este ano escolheu como tema a sugestão: Saúde universal: para todos, em todos os lugares
O
que é: Saúde universal é garantir que todas as pessoas e comunidades tenham
acesso aos serviços de saúde sem qualquer tipo de discriminação e sem sofrerem dificuldades
financeiras. Abrange toda a gama de serviços de saúde, incluindo promoção da
saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos,
que devem ser de qualidade, integrais, seguros, eficazes e acessíveis a todos.
A
saúde universal não é apenas garantir que todos estejam contemplados, mas que
todos tenham acesso aos cuidados quando precisam, onde quer que estejam. Como
expressão da saúde para todos no século XXI, a saúde universal exige o
envolvimento de todos os setores da sociedade para combater a pobreza, a
injustiça social, as lacunas educacionais e as condições de vida precárias,
entre outros fatores que influenciam a saúde das pessoas.
Há
mais de 70 anos, "Saúde para todos" tem sido a visão orientadora da
organização. No entanto, pelo menos metade da população mundial ainda não tem
acesso aos serviços de saúde dos quais necessitam, forçando milhões à pobreza
enquanto lutam para pagar suas contas relacionadas à saúde.
A
saúde universal significa garantir que todos, em todos os lugares, tenham acesso
a serviços de saúde de qualidade, sem enfrentar dificuldades financeiras.
O
acesso a cuidados de qualidade e à proteção financeira não só melhoram a saúde
das pessoas e suas expectativas de vida, mas também protege os países das epidemias,
reduz a pobreza e o risco de fome, cria empregos, impulsiona o crescimento
econômico e promove a igualdade de gênero.
Princípios:
o direito à saúde
Em
1946, a Constituição da OMS reconheceu que "o gozo do mais alto padrão
possível de saúde é um dos direitos fundamentais de todo ser humano, sem
distinção
de raça, religião,
crença política ou condição econômica ou social".
Nas Américas, 20 das 35
constituições dos Estados Membros da OPAS consagram o direito à saúde. O
direito à saúde implica igualdade de acesso aos serviços necessários para a
mesma necessidade.
Barreiras
Um
terço da população das Américas ainda enfrenta barreiras para acessar os
serviços de saúde dos quais precisam. As principais barreiras são geográficas,
econômicas,
burocráticas ou relacionadas à aceitação sociocultural, enquanto outras têm a
ver com atitudes às vezes adotadas pelas equipes de saúde no momento do
atendimento.
Barreiras
físicas ou geográficas
O
lugar onde as pessoas vivem muitas vezes determina seu acesso aos cuidados de
saúde. Aqueles que vivem em áreas rurais ou remotas enfrentam uma maior dificuldade
em controlar sua saúde, obter informações sobre prevenção de doenças, receber
tratamento ou realizar consultas com profissionais de várias especialidades.
As
barreiras físicas ou geográficas dizem respeito à disponibilidade de bons
serviços de saúde, razoavelmente completos, em diferentes partes de um país,
oferecendo horários de
atendimento adequados e outras conveniências que permitam aos usuários obter os
serviços quando precisam. Quanto mais distantes dos estabelecimentos de saúde
das cidades ou das zonas urbanas, maior a escassez de pessoal competente e de
insumos, o que piora o acesso à saúde e aumenta as inequidades.
Aceitação
sociocultural e barreiras institucionais
Entre
as barreiras socioculturais e institucionais aos cuidados de saúde estão a má
qualidade e falta de sensibilidade na prestação de serviços, salas de espera superlotadas,
pouca ou nenhuma informação fornecida, longos tempos de espera para cirurgias e
outros procedimentos ou tratamentos, horários que não são adaptados às
preferências e necessidades dos usuários, problemas de idioma e recusa em
cuidar ou tratar pacientes que não podem pagar.
Barreiras
econômicas e financeiras
As
barreiras financeiras para o acesso à saúde dizem respeito à disponibilidade
financeira que afeta a capacidade de uma pessoa de usar os serviços. São não apenas
honorários médicos, mas também custos indiretos, como os gastos com transporte
para chegar até um centro de saúde. O pagamento nos pontos de entrada do
serviço de saúde é a principal barreira para o acesso ao cuidado, o que pode
levar pessoas e famílias à pobreza.
Estigma
e discriminação
Outra
barreira para o acesso à saúde é o estigma e a discriminação nos serviços. Isso
ocorre quando as pessoas percebem que os serviços de saúde são ineficientes ou
quando o provedor de serviços parece impedir as pessoas de buscar cuidados com
base em idioma, idade, sexo, orientação sexual, origem étnica ou religião. Outros
fatores que dificultam o acesso aos serviços de saúde em áreas remotas são o
estigma social ou o medo de que a privacidade não seja respeitada, a falta de conhecimento
sobre saúde, a superlotação das unidades de saúde, a impossibilidade de se
ausentar do trabalho e falta de opções distintas às tradicionais para cuidar
dos filhos.
O
que você pode fazer?
Todos
têm um papel a desempenhar, participando de conversas e contribuindo para o
diálogo sobre políticas que podem ajudar seu país a alcançar e manter a saúde
universal. Para estimular o aumento do espaço fiscal, precisamos nos envolver
em um diálogo social mais amplo com todos os atores. Com isso em mente, a OPAS
criou um movimento regional para buscar formas inovadoras de acelerar os
esforços dos países rumo à saúde universal.
Para
melhorar a cobertura dos serviços de saúde, precisamos analisar e selecionar
medidas destinadas a quebrar as barreiras que impedem o acesso. As comunidades
que desejam alcançar a saúde universal devem ter serviços fisicamente
acessíveis, economicamente acessíveis e aceitáveis para as pessoas do ponto de
vista sociocultural.
Os Profissionais
de saúde podem:
Discutir
políticas intersetoriais para garantir a disponibilidade, acessibilidade,
relevância e competência dos recursos humanos para a saúde universal. Discutir
as necessidades de equipes interprofissionais qualificadas e motivadas, que são
essenciais para atender as necessidades de saúde das pessoas, onde quer que
vivam. Lutar para que os profissionais de saúde possam desfrutar de emprego
estável e decente, pois isso fortalece o sistema de saúde e o desenvolvimento
social e econômico do país.
Criar
movimentos que promovam acordos de alto nível entre os setores educacional e de
saúde, a fim de alcançar padrões de qualidade na formação deprofissionais de
saúde, com base em necessidades específicas da comunidade. Defender a
perspectiva de gênero e incorporá-la em novos modelos organizacionais e
contratação nos serviços de saúde.
Pessoas
e comunidades podem:
Levantar
suas vozes para exercer seu direito à saúde. Organizar movimentos nacionais em
direção à saúde universal. Comunicar suas necessidades, opiniões e expectativas
aos responsáveis pela formulação de políticas locais, políticos, ministros e
outros representantes públicos. Fazer-se
ouvir através das mídias sociais para garantir que as necessidades de saúde da
comunidade – entre outras – sejam levadas em consideração e priorizadas a nível
local. Convidar organizações da sociedade civil para ajudar a mostrar as
necessidades de sua comunidade aos tomadores de decisão. Compartilhar suas
histórias, com comunidades e pessoas afetadas, com a mídia. Organizar atividades
como fóruns de discussão, debates políticos, shows, marchas e entrevistas para
proporcionar às pessoas a oportunidade de interagir com seus representantes
sobre o tema em meios de comunicação social e mídias sociais.
Como
alcançar a saúde universal
Melhores
práticas. A saúde universal não pode ser imposta, não existe uma única solução
para todos os países. No entanto, existe um consenso regional sobre alguns dos
elementos que devem fazer parte da solução: Expandindo acesso equitativo Isso
implica, entre outras ações:
- Expandir o acesso
equitativo a serviços de saúde integrais, de qualidade, centrados nas pessoas e
na comunidade.
- Investir em modelos
baseados em cuidados primários e na prestação integral de serviços efetivos
centrados nas pessoas, que se ampliam gradualmente.
- Garantir o uso
racional de medicamentos e tecnologias de saúde.
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