Olá,
prevenção ao suicídio, sei que vou tocar em um assunto tabu - sem fugir da
linha editorial proposta inicialmente – vamos discutir e nos ater às
informações técnicas da OMS e do Serviço do CVV que atende no telefone 188
- 24hs por dia todos os dias, O CVV atende ainda no site https://www.cvv.org.br/ com serviço de Chat e e-mail.
Neste objetivo selecionei os dados disponibilizados pela Organização Mundial de
Saúde e pelo Centro de Valorização da Vida. Abaixo seguem ainda os endereços dos Serviços
de Controle de uso de Álcool e Drogas de São Gonçalo, Itaboraí, Niterói e Maricá
para tratamento e prevenção ao uso de drogas e álcool. Nossas atualizações
prosseguem agendadas semanalmente as quintas-feiras como sempre. Espero que
gostem. Até o próximo post!
“Suicídio é grave
problema de saúde pública
e sua prevenção deve ser prioridade”,
OPAS/OMS
A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. Com base
nesse e outros dados, Katia de Pinho Campos, coordenadora da Unidade de
Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental da
OPAS/OMS no Brasil, pontuou que o suicídio é um grave problema de saúde pública
e que sua prevenção é uma prioridade para a OPAS/OMS. “Coibir essas mortes
evitáveis é tarefa de todos nós. São 800 mil suicídios por ano, dos quais 65
mil acontecem aqui na região das Américas”, disse.
Katia afirmou que a terceira oficina sobre prevenção ao
suicídio é um importante momento de integração entre o Ministério da Saúde, as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e a OPAS/OMS. Reafirmou ainda que o
trabalho interinstitucional constitui mais um passo em direção ao cumprimento
do plano nacional e dos planos locais de prevenção do suicídio. “É preciso agir
de forma multisetorial para evitar essas mortes. Mas não conseguiremos fazer
isso sem informações de qualidade. Há uma significativa subnotificação no
mundo. E isso ocorre por dois motivos. Primeiro, pela insuficiente capacidade
dos sistemas de registro dos países de baixa e média renda. E, segundo, pelo estigma
e criminalização, que levam as pessoas a manterem em segredo seus pensamentos
suicidas e as famílias a esconderem quando ele de fato ocorre.”
Segundo Daniel Elia, consultor em saúde mental, álcool e outras
drogas da OPAS/OMS no Brasil, para estabelecer programas de prevenção ao
suicídio eficazes é necessário identificar os métodos mais utilizados para
consumá-lo e dificultar seu acesso indiscriminado à população. O profissional
citou também algumas das recomendações do organismo internacional para a
prevenção do suicídio, entre elas, uma cobertura responsável desses eventos por
parte da imprensa. “A difusão responsável de informações pelos meios de
comunicação é importante. De uma maneira geral, eles não devem ‘glamourizar’ o
suicídio, nem contar os pormenores do que ocorreu”, informou.
De acordo com estudos realizados em diversos países, esse tipo
de cobertura midiática pode gerar um efeito de contágio. A OMS tem identificado
a atuação da mídia em relação aos suicídios como uma área estratégica para
ajudar a prevenir tais atos. A OPAS realizou no ano passado um seminário virtual sobre as melhores práticas para noticiar
suicídios, com o intuito de promover uma cobertura
responsável.
O suicídio passa a ser cada vez mais, tanto para a OMS quanto
para outros órgãos internacionais, um índice de qualidade de vida. Elia lembra
que, pela primeira vez, a saúde mental está contemplada nos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, especificamente na meta 3.4: “até 2030, reduzir em
um terço a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis via
prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar”. “O suicídio é
um indicador de mortes evitáveis e isso mostra o comprometimento dos países em
trabalhar cada vez mais esse tema”, pontuou o consultor. Um dos pontos
reiterados por ele é a importância da participação da comunidade na identificação
das situações de risco de suicídio – hoje, uma importante estratégia de
prevenção.
Principais
informações
· Cerca de 800 mil
pessoas morrem por suicídio todos os anos.
· Para cada suicídio,
há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano. A tentativa prévia é o
fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.
· O suicídio é a
segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
· 79% dos suicídios
no mundo ocorrem em países de baixa e média renda.
· Ingestão de
pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de
suicídio em nível global.
A cada ano, cerca
de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior de indivíduos
tenta suicídio. Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e
países inteiros e tem efeitos duradouros sobre as pessoas deixadas para trás. O
suicídio ocorre durante todo o curso de vida e foi a segunda principal causa de
morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016.
O suicídio não
ocorre apenas em países de alta renda, sendo um fenômeno em todas as regiões do
mundo. De fato, 79% dos suicídios ocorreram em países de baixa e média renda em
2016.
Trata-se de um
grave problema de saúde pública; no entanto, os suicídios podem ser evitados em
tempo oportuno, com base em evidências e com intervenções de baixo custo. Para
uma efetiva prevenção, as respostas nacionais necessitam de uma ampla
estratégia multisetorial.
São Gonçalo
Itaboraí
Niterói
Maricá
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