O último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta terça-feira, revelou um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo influenza A, em especial o H1N1, nos meses de maio e junho. Os dados mostram que em março, o Influenza A estava presente em 9% dos casos positivos, mas esse número subiu para 22% em abril e 33% em maio.
Porém, apesar desse aumento, os casos de SRAG apresentam uma tendência de queda tanto no curto prazo (últimas três semanas) quanto no longo prazo (últimas seis semanas). O vírus Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, foi identificado em 80% dos casos de SRAG em março, mas esse percentual caiu para 61% em abril e 50% em maio.
O Boletim também destaca que seis estados do país estão apresentando sinal de crescimento nos casos de SRAG a longo prazo: Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Nos primeiros cinco estados, o aumento está associado principalmente ao grupo das crianças. Já em Sergipe, observa-se um crescimento tanto em crianças pequenas quanto em faixas etárias da população adulta, especialmente nas idades mais avançadas.
O levantamento conclui com alerta para a necessidade de cuidados mesmo nos estados com sinais de melhora. Segundo ele, a interrupção ou reversão da tendência de aumento nos casos de SRAG em crianças levará algum tempo para se refletir na diminuição dos leitos ocupados. Além disso, as baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias, tornando importante a ventilação adequada e o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais.
Os dados das últimas quatro semanas indicam que a prevalência entre os casos positivos para vírus respiratórios foi de vírus sincicial respiratório (40,3%), Sars-CoV-2 (22,8%), influenza A (17,5%) e influenza B (6,6%).
Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/medicina
Nenhum comentário:
Postar um comentário