terça-feira, 25 de abril de 2023

CONVIVÊNCIA ENTRE FUMANTES E CRIANÇAS EM CASA QUAIS OS POSSÍVEIS MALEFÍCIOS

 

          A publicação desta semana teve um pequeno atraso, mas acredito que será relevante a todos os leitores. A pesquisa realizada no site do Ministério da Saúde, publicada abaixo na íntegra – link no rodapé da matéria – conta com informações importantes para incentivar que deseja parar de fumar, pois insere a família e a residência do fumante na equação.

Espero que gostem e que seja importante à todos.

Até a próxima.


Crianças que convivem com fumantes: que consequências podem sofrer?

Os efeitos do tabagismo passivo, que é uma realidade em tempos de Covid-19, podem ser ainda piores para os pequenos

 

 

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ão é surpresa para ninguém o risco que o cigarro oferece para a saúde. Essa é uma informação bastante disseminada, até mesmo nas carteiras comercializadas. Mas um ponto importante, e que talvez muita gente deixe passar batido, é sobre o tabagismo passivo. E quando as crianças são expostas a ele, os perigos a curto, médio e longo prazo só aumentam.  

Quando um cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante. O restante dela é lançada ao ambiente pela ponta acesa. É aí que entra o fumante passivo! Mas vale lembrar que são expostas a esse consumo involuntário não só as pessoas que convivem com fumantes, mas todas aquelas que estão por perto no momento em que a fumaça é expelida. Inclusive as crianças.

Sobre os malefícios do cigarro

Muito além dos efeitos psicoativos da nicotina, provocando a dependência, o cigarro possui outras diversas substâncias químicas e tóxicas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a fumaça contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas, sendo que pelo menos 69 deles são responsáveis pelo surgimento do câncer.

Ainda segundo o INCA, a fumaça é uma mistura de milhares de substâncias tóxicas diferentes que se constituem de duas fases fundamentais: a particulada e a gasosa. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, entre outros. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

Para se ter uma ideia da toxidade da fumaça do cigarro, o monóxido de carbono, por exemplo, é produzido pelos motores de carros a partir da queima de combustíveis. Quando associado a nicotina é que surge o risco de doenças cardiovasculares.

Em relação ao alcatrão, que compõe a fase particulada da fumaça, ele é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, e é formado a partir da combustão dos derivados do tabaco, segundo dados do INCA. Entre elas, é possível encontrar resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, acetona e naftalina, por exemplo.

Leia também - Coronavírus e tabagismo: por que essa relação não dá certo?

Perigo maior para bebês e crianças

Sem dúvida o risco maior fica para o fumante, que consome por completo as substâncias presentes no cigarro. Mas como vimos, quem está por perto apenas inalando a fumaça do ambiente também compartilha dos riscos de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo, incluindo câncer de pulmão e problemas cardiovasculares. E no ambiente doméstico, essa exposição pode ser inevitável para os pequenos. Especialmente durante a pandemia de Covid-19, que aumenta o tempo de convivência entre familiares.

Segundo o Ministério da Saúde, bebês e crianças são ainda mais suscetíveis ao tabagismo passivo, isso porque o fumante pode ser um dos pais ou responsáveis, e por elas serem impotentes diante da situação. Além disso, conforme o artigo da Sociedade Brasileira de Pediatria, o desenvolvimento incompleto do aparelho respiratório e a relação entre o volume de substâncias tóxicas inaladas e o peso da criança tornam a exposição ao cigarro ainda mais maléfica durante a infância.

No caso de mulheres grávidas expostas à fumaça, elas correm o risco de ter bebês com malformações congênitas, com baixo peso ao nascer ou ainda natimortos. Em relação aos bebês em fase de amamentação, estudos apresentados pela Sociedade Brasileira de Pediatria sugerem que eles podem ter menor capacidade intelectual, maior risco de morte súbita e grave acometimento respiratório e imunológico.

Ainda segundo informações do Ministério da Saúde, os efeitos da fumaça podem ser sentidos imediatamente pelos fumantes passivos. Sendo alguns deles: irritação nos olhos, tosse, dor de cabeça e alergias, principalmente nas vias respiratórias. No caso das crianças, é percebido um aumento do número de infecções respiratórias e elevação da pressão arterial.

Inspire-se! 15 motivos para deixar de fumar 

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço?

Outro ponto que vale ser lembrado é a influência que os pais exercem em relação aos filhos. Em entrevista ao Saúde Brasil, Beatriz Ávila, psicóloga residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso do Hospital Universitário de Aracaju (SE), vinculado à Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), afirma que a decisão de começar a fumar possui determinantes multifatoriais, sendo um deles a herança dos pais.

Ainda segundo a publicação feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a exposição ao tabagismo ambiental desde a gravidez até a primeira infância é um fator que predispõe o início do hábito de fumar na adolescência. Isso acontece devido à neurotoxicidade decorrente da nicotina.

O alerta deve ser ainda maior agora, uma vez que as famílias estão passando mais tempo juntas em casa em virtude da pandemia provocada pelo SARS-Cov-2. Esse pode ser um período estressante para todos, e pode também aumentar o índice de exposição ao cigarro por parte das crianças que estão convivendo com os familiares fumantes no ambiente doméstico. Que tal fazer dessa uma janela de oportunidade para dar um adeus definitivo ao vício?

Para refletir - Menos julgamento e mais empatia: você pode fazer a diferença para que alguém abandone o cigarro de vez

MALEFÍCIOS DO TABAGISMO PASSIVO

AOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA

Em bebês:

·        Um risco 5 vezes maior de morte súbita sem causa aparente. (Síndrome da Morte Súbita em Bebês);

·        Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Em crianças:

·        Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio;

·        Risco aumentado de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e intensificação da asma.

Fonte:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-parar-de-fumar/noticias/2021/criancas-que-convivem-com-fumantes-que-consequencias-podem-sofrer

Publicado em 16/07/2020 e atualizado em 29/07/2021

 

 

terça-feira, 18 de abril de 2023

ESTUDO COMPARATIVO DE DEMOGRAFIA MÉDICA NO BRASIL

 

Esta semana nossa atualização semanal sofreu pequeno atraso devido  a complexidade da matéria, que demandou um cuidado maior com a filtragem doa dados extraído de um estudo publicado em parceria entre o Conselho Federal de Medicina e a USP. São apresentados três gráficos no total, a  saber:

- Distribuição dos médicos segundo número de títulos de especialista – Brasil, 2020

Distribuição dos médicos nos três estados com maior índice de presença em comparação à outros estados de menor índice presencial médico – Brasil, 2020

           - Evolução do número de médicos (indivíduos), de registros de médicos e da

população entre 1990 e 2020 – Brasil

            O link para a publicação completa encontra-se no rodapé da matéria.

            A apresentação do Estudo foi reproduzida abaixo - com o devido crédito – na íntegra.

            Espero que gostem e que seja útil.

 

DEMOGRAFIA MÉDICA NO BRASIL 2020

APRESENTAÇÃO

A publicação Demografia Médica no Brasil 2020, com resultado da colaboração entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP), é uma produção científica que atualiza os conhecimentos acumulados na última década e traz novas informações detalhadas sobre a população de médicos e seu exercício profissional. Em 2020, o Brasil passou a contar com mais de 500 mil médicos. Esse marco vem acompanhado da persistência de desigualdades na distribuição dos profissionais, do aumento desenfreado de cursos e vagas de graduação e da ociosidade de vagas de Residência Médica. Da mesma forma, o crescimento dessa população ocorre com a exposição dos médicos ao aumento do número de vínculos e de jornadas de trabalho. Portanto, o número de médicos no país cresceu, nos últimos anos, na mesma proporção em que se impuseram novos desafios para a profissão médica e o funcionamento do sistema de saúde no país.

Mauro Luiz de Britto Ribeiro

Presidente do Conselho Federal de Medicina

Fonte: www.fm.usp.br/fmusp/conteudo/DemografiaMedica2020_9DEZ.pdf




Gráfico2 - Distribuição dos médicos nos três estados com maior índice de presença em comparação à outros estados de menor índice presencial médico – Brasil, 2020



Gráfico3 - Evolução do número de médicos (indivíduos), de registros de médicos e da

população entre 1990 e 2020 – Brasil

Fonte: www.fm.usp.br/fmusp/conteudo/DemografiaMedica2020_9DEZ.pdf


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Vida saudável - Não consumir Carnes é o melhor caminho?

 

VIDA SEM CARNE

 

            São diversas as opções par a uma vida sem consumo de carnes e o vegetarianismo possui várias apresentações. Há o ovolactovegetarianismo – no qual não se consome carne, mas substitui-se por ovos e laticínios – o lactovegetarianismo – sem carne e ovos, apenas leite e laticínios – e ainda o ovovegetarianismo – sem carne, leite e laticínios, apenas ovos – o vegetarianismo estrito, em que nada além de vegetais – sem qualquer produto de origem animal – e o estilo vegano, onde além de consumo zero para alimentos de origem animal, a restrição passa para outras áreas da vida com atenção em não consumir qualquer produto testado em animais.

            No Brasil este movimento começou a surgir no início dos anos 2000 e, a partir de então, não para de crescer. Um estudo feito pela Sociedade Vegetariana Brasileira mostra que 14% da população brasileira se declara vegetariana. Mesmo os carnívoros parecem mais abertos aos preceitos do vegetarianismo. Por exemplo uma pesquisa do Ipec aponta que menos da metade dos brasileiros 46% concorda que por vontade própria, deixariam de comer carne pelo menos uma vez na semana.

 Fonte:  O Globo 31/03/23, pág 19.

         De acordo com pesquisa realizada pelo IBOPE, atualmente, o Brasil conta com mais de 7 milhões de veganos. Esse número é um dos indícios de que a dieta vegana já é uma realidade na vida de muitas pessoas. Antes de aderir a ela, é importante conhecer mais a respeito de suas características.

O que é veganismo e dieta vegana?

O veganismo é um estilo de vida pautado não só na alimentação, mas em uma postura ética. Ele exclui todas as formas de consumo provenientes de exploração animal, como caça, pesca, uso de animais em vestuários e testes, além da criação para comercialização. Se valer de animais no trabalho, no entretenimento, no comércio, entre outras situações que remetem à exploração, vai contra os ideais veganos. A dieta vegana exclui, portanto, carnes, ovos, laticínios, mel, entre outros produtos que remetem à exploração animal. Dessa forma, ela tem como base o consumo consciente de cereais, leguminosas, nozes, sementes oleaginosas, legumes, verduras e frutas.

Qual é a relação entre dieta vegana e reeducação alimentar?

 A reeducação alimentar diz respeito a adoção de hábitos que incluem bem-estar, equilíbrio do corpo e da mente e escolha de pratos de melhor qualidade. Parar de comer carne não significa, necessariamente, adotar um cardápio saudável.

Portanto, uma dieta vegana não trará benefícios se você seguir um conceito mais voltado para o junk food  baseado em alimentos processados e pobre em nutrientes.

A batata frita, por exemplo, é um alimento vegano, mas não conta com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu organismo. Outro exemplo de comida vegana pobre em vitaminas é o pão francês.  

É importante que você saiba que uma dieta baseada exclusivamente em alimentos de origem vegetal só deve ser realizada mediante o acompanhamento de um profissional de saúde. O consumo incorreto desses produtos pode gerar de deficiência de nutrientes essenciais.

Quais são os cuidados fundamentais para quem faz dieta vegana?

 Uma alimentação livre de processados é importante para todo mundo. No caso da dieta vegana, isso é ainda mais significativo, já que o baixo consumo de proteínas pode desencadear carências nutricionais. Vale ressaltar que, ao aderir a cardápios exclusivamente veganos, é importar contar com o acompanhamento de um médico e/ou nutricionista, além de realizar todos os exames solicitados. Isso vai te ajudar a acompanhar os níveis de de proteínas, vitaminas e outros nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu organismo.

 

Fonte: https://www.vigilantesdopeso.com.br/br/artigos/dieta-vegana-emagrecer

 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Fábrica da FIOCRUZ produzirá mosquito com potencial para reduzir focos de aedes aegypti

    A Fundação Oswaldo Cruz anunciou neste dia 30 uma nova parceria para expansão do método Wolbachia no País com a construção de uma biofábrica capaz de produzir até 100 milhões de mosquitos por semana.

    Esses aedes aegypti são criados com a bactéria wolbachia, um microrganismo que diminui a capacidade desses insetos transmitirem dengue, chikungunia e zika.

    Esta bactéria, presente em cerca de metade dos insetos, mas que não é encontrada naturalmente no aedes. No entanto, quando presente nos mosquitos, impede que os vírus causadores das graves doenças citadas, se desenvolvam e possam ser transmitidos aos humanos, o que reduz a possibilidade da disseminação dos patógenos, e em consequência os casos de circulação nas cidades onde tais mosquitos modificados são disseminados.

    O Brasil é um dos países em que a técnica se desenvolve e é estudada, justamente devido a alta incidência das três viroses. A tecnologia já foi introduzida com sucesso em outros 11 países.

Fonte: O Globo 31/03/2023 - pág 21 .