Olá.
Veja abaixo um artigo com orientações sobre o uso de açúcares e adoçante publicado pelo Jornal O Globo, a citação completa sobre a fonte estão no rodapé do artigo. Espero que seja útil para você, até breve. ;-)
O ideal é não usar nem açúcar nem adoçante para adoçar as receitas e consumir produtos da maneira mais natural possível, mas há caminhos possíveis.
Um assunto tomou conta dos consultórios, TV, rádio, jornal e internet na semana passada: a nova diretriz sobre adoçantes publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A recomendação de quase 90 páginas é resultado de uma revisão sistemática de evidências disponíveis que sugerem que esse tipo de produto não traz nenhum resultado a longo prazo na redução da gordura corporal, para adultos e crianças. Tal orientação não vale para os diabéticos. Os adoçantes mencionados são aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, estévia, entre outros. O xilitol e o eritrol não foram mencionados por possuírem poucos estudos.
A diretriz também alerta que o uso prolongado desse tipo de aditivo pode provocar sérios efeitos, como um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares além da mortalidade em adultos.
Somos um dos países que mais consome açúcar no mundo, vivemos o ciclo da cana, quando o açúcar representou a primeira grande riqueza agrícola e industrial do Brasil e, durante muito tempo, foi a base da economia colonial. De lá pra cá, com a abundância do ingrediente, os doces e compotas começaram a fazer parte da cultura alimentar do país. Os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela OMS. Para ilustrar, cada brasileiro consome em média 18 colheres de chá do produto sendo que o limite máximo aconselhado para um adulto é de 12 colheres. Desse total, 64% correspondem aos açúcares adicionados a alimentos e bebidas. O restante do consumo é o açúcar presente nos alimentos processados e ultraprocessados. Sabemos do impacto do consumo de açúcar no desenvolvimento da cárie dental, obesidade, diabetes e nas doenças crônicas não transmissíveis.
Os adoçantes melhoraram muito a palatabilidade nos últimos anos. Antes os produtos apresentavam um gosto residual muito forte, sendo difícil a adesão . Hoje, com uma gama de produtos mais variada, inclusive alguns naturais, muitas pessoas incorporaram o uso como substituto do açúcar com a vantagem de os adoçantes possuírem bem menos calorias que o mel, o açúcar e a rapadura. Importante salientar que o consumo de adoçante não assegura a perda de peso ou a redução da gordura corporal.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a ABESO, divulgou algumas considerações sobre a diretriz: o documento é destinado aos governos, responsáveis pela elaboração de políticas públicas e não faz menção para que o indivíduo pare de consumir os adoçantes. Além disso, a diretriz se baseia em estudos, em sua maioria, com nível de evidência baixo ou muito baixo, e alguns foram feitos em animais e outros eram observacionais. A ABESO afirma também que, geralmente, aqueles que consomem adoçante optam por produtos processados e ultraprocessados, dado importante considerando o guia alimentar para a população brasileira, que preconiza o consumo de alimentos mais naturais.
O ideal é não usar nem açúcar nem adoçante para adoçar as receitas e consumir produtos da maneira mais natural possível, como a café amargo, chá e suco sem açúcar. Porém, como sabemos que a grande maioria das pessoas ainda tem como preferência o paladar doce, recomendo o uso de stévia, xilitol e eritrol, que são adoçantes naturais e com menor valor calórico que o açúcar, que pode ser um bom aliado no controle das calorias.
Não se trata de demonizar um produto ou outro. Não existe um alimento responsável pelo surgimento de doenças, assim como nenhum alimento sozinho evitará o aparecimento das enfermidades, sendo necessário analisar o padrão alimentar de cada um.
Fonte: Priscilla Primi
https://oglobo.globo.com/blogs/espiritualidade-e-bem-estar/post/2023/05/adocante-sim-ou-nao.ghtml
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