segunda-feira, 29 de maio de 2023

Adoçante: sim ou não? Atenção ao uso desmedido de qualquer produto é fundamental para a saúde e o bem-estar

Olá.

Veja abaixo um artigo com orientações sobre o uso de açúcares e adoçante publicado pelo Jornal O Globo, a citação completa sobre a fonte estão no rodapé do artigo. Espero que seja  útil para você, até breve. ;-)

O ideal é não usar nem açúcar nem adoçante para adoçar as receitas e consumir produtos da maneira mais natural possível, mas há caminhos possíveis. 

    Um assunto tomou conta dos consultórios, TV, rádio, jornal e internet na semana passada: a nova diretriz sobre adoçantes publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A recomendação de quase 90 páginas é resultado de uma revisão sistemática de evidências disponíveis que sugerem que esse tipo de produto não traz nenhum resultado a longo prazo na redução da gordura corporal, para adultos e crianças. Tal orientação não vale para os diabéticos. Os adoçantes mencionados são aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, estévia, entre outros. O xilitol e o eritrol não foram mencionados por possuírem poucos estudos.

    A diretriz também alerta que o uso prolongado desse tipo de aditivo pode provocar sérios efeitos, como um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares além da mortalidade em adultos.

    Somos um dos países que mais consome açúcar no mundo, vivemos o ciclo da cana, quando o açúcar representou a primeira grande riqueza agrícola e industrial do Brasil e, durante muito tempo, foi a base da economia colonial. De lá pra cá, com a abundância do ingrediente, os doces e compotas começaram a fazer parte da cultura alimentar do país. Os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela OMS. Para ilustrar, cada brasileiro consome em média 18 colheres de chá do produto sendo que o limite máximo aconselhado para um adulto é de 12 colheres. Desse total, 64% correspondem aos açúcares adicionados a alimentos e bebidas. O restante do consumo é o açúcar presente nos alimentos processados e ultraprocessados. Sabemos do impacto do consumo de açúcar no desenvolvimento da cárie dental, obesidade, diabetes e nas doenças crônicas não transmissíveis.

    Os adoçantes melhoraram muito a palatabilidade nos últimos anos. Antes os produtos apresentavam um gosto residual muito forte, sendo difícil a adesão . Hoje, com uma gama de produtos mais variada, inclusive alguns naturais, muitas pessoas incorporaram o uso como substituto do açúcar com a vantagem de os adoçantes possuírem bem menos calorias que o mel, o açúcar e a rapadura.    Importante salientar que o consumo de adoçante não assegura a perda de peso ou a redução da gordura corporal.

    A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a ABESO, divulgou algumas considerações sobre a diretriz: o documento é destinado aos governos, responsáveis pela elaboração de políticas públicas e não faz menção para que o indivíduo pare de consumir os adoçantes. Além disso, a diretriz se baseia em estudos, em sua maioria, com nível de evidência baixo ou muito baixo, e alguns foram feitos em animais e outros eram observacionais. A ABESO afirma também que, geralmente, aqueles que consomem adoçante optam por produtos processados e ultraprocessados, dado importante considerando o guia alimentar para a população brasileira, que preconiza o consumo de alimentos mais naturais.

    O ideal é não usar nem açúcar nem adoçante para adoçar as receitas e consumir produtos da maneira mais natural possível, como a café amargo, chá e suco sem açúcar. Porém, como sabemos que a grande maioria das pessoas ainda tem como preferência o paladar doce, recomendo o uso de stévia, xilitol e eritrol, que são adoçantes naturais e com menor valor calórico que o açúcar, que pode ser um bom aliado no controle das calorias.

    Não se trata de demonizar um produto ou outro. Não existe um alimento responsável pelo surgimento de doenças, assim como nenhum alimento sozinho evitará o aparecimento das enfermidades, sendo necessário analisar o padrão alimentar de cada um.

Fonte: Priscilla Primi

 https://oglobo.globo.com/blogs/espiritualidade-e-bem-estar/post/2023/05/adocante-sim-ou-nao.ghtml

terça-feira, 9 de maio de 2023

Desafios perigosos na internet: Sociedade de Pediatria emite alerta para pais, médicos e educadores

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Porém, muitas vezes, estimulam “comportamentos de risco e autoagressivos” que causam “risco à vida, à integridade física e psicológica e, em alguns casos, fatalidades ou danos irreversíveis”, ressalta a entidade em nota.

Recentemente, o caso do adolescente de 13 anos, morto após ingerir mais de 14 comprimidos de um antialérgico como parte de um desafio viral, repercutiu e chamou atenção para o cenário. Os desafios, no entanto, não são novos, mesmo que plataformas tenham diretrizes que em tese proíbem a veiculação de competições perigosas.

De acordo com um levantamento da Bloomberg Businessweek, do meio de 2021 até novembro de 2022, ao menos 15 crianças com 12 anos ou menos, e cinco adolescentes entre 13 e 14 anos, morreram envolvidas apenas no “desafio do apagão”, que envolvia induzir a si mesmo ao sufocamento por alguns segundos.

A SBP cita dados do Instituto Dimicuida sobre casos fatais no Brasil, cujo monitoramento apontou uma ocorrência de 50 óbitos ou ferimentos graves de crianças e adolescentes com idades entre 7 e 18 anos entre 2014 e novembro de 2022. Além disso, menciona um trabalho da pesquisadora Juliana Guilheri, ainda de 2017, que aponta que 60% daqueles entre 9 e 17 anos já experimentaram algum tipo de jogo de apneia; e 50% delas tentaram desmaio voluntário.

A sociedade destaca que, desde 2016, possui um grupo de trabalho destinado à Saúde na Era Digital, que produz documentos sobre os “ riscos do uso precoce, excessivo e prolongado de telas por crianças e adolescentes”. No mais recente, eles destacam que pesquisas observacionais em países como Estados Unidos, França e Brasil apontam alguns padrões nos desafios online.

São eles: práticas de sufocamento, asfixia ou apneia; práticas de autoagressão ou hétero-agressão; e ações como o uso de pílulas mágicas com teor desconhecido de pó branco ou colorido, jantares com detergentes como bebidas e pastilhas de sabão como refeição, engolir chips e bolinhas magnéticas, dangerous selfies (fotos em locais perigosos), dentre outros.

O que os pediatras recomendam?

O novo alerta da SBP destaca que a comunidade médica, especialmente os pediatras, devem se atualizar sobre orientações a respeito da prevenção dos riscos envolvidos no uso das redes sociais para passá-los durante as consultas. Além disso, apontam que essa maior informação deve ser disseminada entre educadores, psicólogos e profissionais da área de saúde mental que trabalham com os mais novos.



sexta-feira, 5 de maio de 2023

Utilidade pública Os 40 exames que você agora poderá fazer nas farmácias

    A publicação de hoje foi editada a partir do site do Jornal O Globo, com o crédito completo no rodapé da matéria. Escrito por: Bernardo Yoneshigue — Rio de Janeiro

Espero que gostem e que seja útil.    

    Uma decisão da Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desta semana vai ampliar o acesso da população a testes rápidos para uma série de doenças e outras análises. A nova norma, aprovada na quarta-feira, permite que farmácias realizem os chamados exames de análises clínicas (EAC) no Brasil, antes restritos ao da Covid-19, devido à emergência da pandemia, e ao de glicemia. 

    Com a novidade, que substitui uma resolução da Anvisa de 2005 num processo de revisão iniciado ainda em 2017, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) estima que mais de 40 tipos de exames poderão ser realizados nos locais. As novas regras passam a valer a partir de 1º de agosto.

Confira a lista de testes rápidos que poderão ser feitos em farmácias:

  • Exame Beta-hCG
  • Exame de Dengue Antígeno NS1
  • Exame de Hemoglobina Glicada A1c
  • Exame PSA Teste Rápido
  • Teste Rápido Covid-19 Antígeno
  • Avaliação de Controle da Asma
  • Check-up Pós Covid Anticorpos Anti-Spike
  • Exame Ácido Úrico Teste Rápido
  • Exame de Chikungunya Teste Rápido
  • Exame de Colesterol Total
  • Exame de Dengue Anticorpos IgG IgM
  • Exame de Glicemia
  • Exame de Glicemia e Pressão Arterial
  • Exame de Hepatite C Teste Rápido
  • Exame de HIV Teste Rápido
  • Exame de Hormônio Luteinizante (LH)
  • Exame de Lactato Teste Rápido
  • Exame de Malária Teste Rápido
  • Exame de Sífilis Teste Rápido
  • Exame de Toxoplasmose
  • Exame de Troponina Cardíaca Teste Rápido
  • Exame de VSR – Vírus Sincicial Respiratório
  • Exame Ferritina – Teste Rápido
  • Exame Mioglobina Teste Rápido
  • Exame Proteína C Reativa Teste Rápido
  • Exame Rubéola Teste Rápido
  • Exame Streptococcus Grupo A Molecular Teste Rápido
  • Exame Streptococcus Grupo A Teste Rápido
  • Exame Vitamina D – Teste Rápido
  • Exame VSR Molecular – Vírus Sincicial Respiratório
  • Exame Zika Vírus Anticorpos
  • Exames do Coração Check-up Completo
  • Medição da Pressão arterial
  • Teste de Glicemia e Perfil Lipídico
  • Teste de Imunidade Covid-19 Anticorpos Anti-Spike
  • Teste de Intolerância Alimentar
  • Teste Rápido Adenovírus
  • Teste Rápido Covid-19 Anticorpos
  • Teste Rápido Covid-19 Antígeno + Anticorpos
  • Teste Rápido Covid-19 Molecular
  • Teste Rápido de Alergia Alimentar
  • Teste Rápido de Dímero-D
  • Teste Rápido Dengue Antígeno e Anticorpos
  • Teste Rápido Febre Amarela
  • Teste Rápido Helicobacter Pylori
  • Teste Rápido Influenza Molecular
  • Teste Rápido Tipo Sanguíneo
  • Entenda a mudança

    Em nota, a Anvisa explica que nova norma foi definida após uma evolução do setor de diagnósticos no país e pela resolução antiga evidenciar uma “defasagem da norma frente à realidade tecnológica”. Um dos pontos mencionados pela agência são as mudanças na relação dos brasileiros com os serviços de saúde, “impulsionadas pelas estratégias de enfrentamento à pandemia de Covid-19, que demandou novas formas de acesso à saúde e à ampliação do diagnóstico”.

  • Porém, embora as novas regras liberam que drogarias façam todos os exames clínicos que tenham o processo de coleta e análise no local, a autoridade destaca que a modalidade de diagnóstico deve ter “caráter de triagem”.

    Isso quer dizer, segundo nota da Anvisa, que “não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas”. “O resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”.

    Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/medicina/noticia/2023/05/os-40-exames-que-voce-agora-podera-fazer-nas-farmacias - Por Bernardo Yoneshigue — Rio de Janeiro