quinta-feira, 21 de março de 2019

Artigo: Uso do jaleco


Olá, modificando um pouco nossa rotina de publicação, hoje disponibilizo um artigo inédito, que escrevi para sacudir - mesmo – a estrutura do Blog
Nossas atualizações prosseguem agendadas semanalmente as quintas-feiras como sempre. Espero que gostem. Até o próximo post!

O uso do Jaleco fora do ambiente hospitalar.
O assunto é polêmico e gera uma ampla discussão entre os profissionais de saúde e os serviços e instituições hospitalares, como as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, o fato é que o uso do jaleco fora dos locais de trabalho – ou seja, fora do ambiente hospitalar – cria acirrados debates.
É comum em regiões próximas a hospitais e clínicas vermos os funcionários, até médicos e enfermeiros circulando enquanto usam um equipamento de proteção individual: o jaleco. Muitos consideram elegante e charmoso desfilar com a indumentária pelas ruas frequentando inclusive restaurantes e lanchonetes.
O fato é que usar esta vestimenta profissional fora do ambiente de trabalho pode representar um risco incalculável para a saúde das pessoas em volta. Em uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), mostrou que 95% dos jalecos de médicos e enfermeiros examinados estavam contaminados. Entre os micro-organismos identificados, está uma bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar, a Staphilococcus aureus.  O estudo conclui que em vez de proteger o usuário, o jaleco médico pode ser fonte de contaminação, principalmente na região do punho. Por causa de tantos estudos comprovando que o uso do jaleco fora do ambiente de trabalho pode resultar em riscos para a população, diversos projetos de lei que proíbem o uso da vestimenta profissional nas ruas já foram aprovados em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Fonte:https://diariodebiologia.com
Os profissionais de saúde questionam a medida. Afirmam ser uma coisa que não tem sentido. Porque usamos sapatos, usamos outras coisas que não seja o jaleco branco. E não é o jaleco branco que vai fazer que haja contaminação hospitalar. Para Maria Beatriz Souza Dias, infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Sírio Libanês, a lei é ineficaz. Se você for única e exclusivamente pelo isolamento de bactérias, você vai ver que no estetoscópio, no celular, você também encontra esse tipo de agente, tudo aquilo que a mão toca pode veicular bactérias hospitalares e não hospitalares, afirmou.
        No lugar da lei, Maria Beatriz disse preferir ver uma grande campanha para conscientizar a população, inclusive os médicos, da importância de lavar as mãos. "É parte da cultura e as pessoas sabem que elas devem higienizar as mãos, mas elas higienizam de uma forma geral, menos do que deveriam", comentou.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) afirma que a lei apenas reforça uma exigência do Ministério da Saúde, que existe desde 2005. “É uma norma federal que já trata de vestimentas. Então, tudo aquilo que você utiliza dentro do hospital deve ficar dentro do hospital. Infelizmente, essa norma não é respeitada”, afirmou a conselheira do Coren-SP Maria Angélica Guglielmi.
           Em resumo o que se tem, ao fim e ao cabo, é que o cuidado com o paciente hospitalar - que por sua condição de provável baixa imunidade – deve ser cercado de boas práticas por parte dos profissionais de saúde no que concerne a segurança do paciente, aonde todos os cuidados que conduzam a evitar prejuízos iatrogênicos conforme normas internacionais de cuidados de saúde em ambiente hospitalar podem e devem ser observados por todos os envolvidos.


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