Olá,
modificando um pouco nossa rotina de publicação, hoje disponibilizo um artigo
inédito, que escrevi para sacudir - mesmo – a estrutura do Blog
Nossas
atualizações prosseguem agendadas semanalmente as quintas-feiras como sempre.
Espero que gostem. Até o próximo post!
O uso do Jaleco fora do
ambiente hospitalar.
O
assunto é polêmico e gera uma ampla discussão entre os profissionais de saúde e
os serviços e instituições hospitalares, como as Comissões de Controle de
Infecção Hospitalar, o fato é que o uso do jaleco fora dos locais de trabalho –
ou seja, fora do ambiente hospitalar – cria acirrados debates.
É
comum em regiões próximas a hospitais e clínicas vermos os funcionários, até
médicos e enfermeiros circulando enquanto usam um equipamento de proteção
individual: o jaleco. Muitos consideram elegante e charmoso desfilar com a
indumentária pelas ruas frequentando inclusive restaurantes e lanchonetes.
O
fato é que usar esta vestimenta profissional fora do ambiente de trabalho pode
representar um risco incalculável para a saúde das pessoas em volta. Em uma
pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), mostrou que
95% dos jalecos de médicos e enfermeiros examinados estavam contaminados. Entre
os micro-organismos identificados, está uma bactéria considerada um dos
principais agentes de infecção hospitalar, a Staphilococcus aureus. O
estudo conclui que em vez de proteger o usuário, o jaleco médico pode ser fonte
de contaminação, principalmente na região do punho. Por causa de tantos estudos comprovando que o uso do jaleco fora do
ambiente de trabalho pode resultar em riscos para a população, diversos
projetos de lei que proíbem o uso da vestimenta profissional nas ruas já foram
aprovados em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e
Paraná. Fonte:https://diariodebiologia.com
Os
profissionais de saúde questionam a medida. Afirmam ser uma coisa que não tem
sentido. Porque usamos sapatos, usamos outras coisas que não seja o jaleco
branco. E não é o jaleco branco que vai fazer que haja contaminação hospitalar.
Para Maria Beatriz Souza Dias, infectologista e coordenadora da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Sírio Libanês, a lei é ineficaz. Se
você for única e exclusivamente pelo isolamento de bactérias, você vai ver que
no estetoscópio, no celular, você também encontra esse tipo de agente, tudo
aquilo que a mão toca pode veicular bactérias hospitalares e não hospitalares,
afirmou.
No lugar da lei, Maria Beatriz disse
preferir ver uma grande campanha para conscientizar a população, inclusive os
médicos, da importância de lavar as mãos. "É parte da cultura e as pessoas
sabem que elas devem higienizar as mãos, mas elas higienizam de uma forma
geral, menos do que deveriam", comentou.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) afirma que a lei apenas reforça uma exigência do Ministério da Saúde, que existe desde 2005. “É uma norma federal que já trata de vestimentas. Então, tudo aquilo que você utiliza dentro do hospital deve ficar dentro do hospital. Infelizmente, essa norma não é respeitada”, afirmou a conselheira do Coren-SP Maria Angélica Guglielmi.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) afirma que a lei apenas reforça uma exigência do Ministério da Saúde, que existe desde 2005. “É uma norma federal que já trata de vestimentas. Então, tudo aquilo que você utiliza dentro do hospital deve ficar dentro do hospital. Infelizmente, essa norma não é respeitada”, afirmou a conselheira do Coren-SP Maria Angélica Guglielmi.
Em resumo o que se tem, ao fim e ao
cabo, é que o cuidado com o paciente hospitalar - que por sua condição de
provável baixa imunidade – deve ser cercado de boas práticas por parte dos
profissionais de saúde no que concerne a segurança do paciente, aonde todos os
cuidados que conduzam a evitar prejuízos iatrogênicos conforme
normas internacionais de cuidados de saúde em ambiente hospitalar podem e devem ser
observados por todos os envolvidos.
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