quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Fiocruz completa dois anos de debates com organizações sociais das favelas do Rio

             A Fiocruz completou, na quarta-feira (28/6), dois anos de debates mensais com organizações sociais que atuam nas favelas do Rio de Janeiro. O ciclo de debates, que começou em 2021, já impactou diretamente mais de 200 mil pessoas.

Neste período, foram realizados 25 encontros para debater temas como segurança alimentar, educação, saúde mental, trabalho e renda, comunicação e informação popular em saúde, além da promoção de territórios sustentáveis e saudáveis.

A reunião que marcou os dois anos de formação desta rede contou com a presença de gestores do Plano, além de membros do Comitê de Monitoramento Interinstitucional da UFRJ e da Uerj e representantes dos projetos executados no âmbito Chamada Pública.

Durante o encontro, foi apresentado um panorama atual da execução da primeira fase do Plano. Dos 54 projetos contemplados nessa fase, 50 já concluíram as atividades, mas permanecem integrando os debates.

Desde o início do Plano, já foram realizadas sete grandes ações para ampliar as capacidades institucionais das organizações, como oficinas, encontros e campanhas. Os investimentos somados na primeira convocação são de R$ 5,5 milhões.

A chefe de gabinete da presidência da Fiocruz, Zélia Profeta, esteve presente na reunião e reforçou a importância das temáticas abordadas nos debates do grupo para a Fundação.

"Sou de Belo Horizonte e trabalhei com temas relacionados a saúde da população mais vulnerabilizada que vive nas periferias. Minha presença nas reuniões do Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro mostra justamente a importância das pautas de saúde focadas nesta população para a presidência da Fiocruz", ressaltou.

O Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro é resultado de um esforço interinstitucional envolvendo a Fiocruz, a UFRJ, a Uerj, a PUC-Rio, a Abrasco, sindicatos de profissionais das áreas de saúde e assistência social, bem como organizações baseadas em favelas.

Ao todo, já foram financiados 54 projetos que receberam recursos de R$50 mil até R$ 500 mil reais para executar ações de combate à Covid-19 nas favelas.

O assessor de Relações Institucionais da Fiocruz, Valber Frutuoso, aponta para a relevância da continuidade dos debates com as organizações sociais após a execução de parte dos projetos já finalizada.

"Essa interlocução é fundamental, porque é uma forma de mantermos todos informados sobre as questões relacionadas ao financiamento da continuidade do plano e também ouvirmos as organizações. Esse alinhamento nos mantém juntos no mesmo propósito, que é o de promover as articulações que atendam as urgências em saúde nas favelas", explica.

Durante o último encontro com as lideranças comunitárias de favelas, foi apresentado a proposta para um curso de formação em captação de recursos, com o objetivo de contribuir para a autonomia das organizações sociais na busca pelo financiamento de suas atividades.

O coordenador-executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins, destaca a importância dos debates mensais com as organizações sociais.

"A possibilidade para nossas instituições de integrar esta rede sociotécnica e mensalmente há 2 anos produzir encontros, diálogos e consensos para atuação conjunta auxilia no fortalecimento do princípio de participação social do SUS, amplia nossas capacidades internas de coordenação de parcerias e possibilita que cheguemos mais longes por estarmos associados", enfatiza Martins.

As lições aprendidas ao longo desse período serão aplicadas na continuidade dos projetos aprovados na I Chamada Pública. A rede terá mais de 90 organizações de favela atuando na redução das iniquidades em saúde nas periferias de 18 cidades do estado.


  • Foram ao todo dois anos de debates mensais com organizações sociais das favelas do Rio de Janeiro.
  • Os debates impactaram diretamente mais de 200 mil pessoas.
  • Foram realizados 25 encontros para debater temas como saúde, educação e segurança alimentar.
  • A primeira fase do Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro investiu R$ 5,5 milhões.
  • Uma nova Chamada Pública foi aberta para financiar mais 40 organizações.
  • A rede terá mais de 90 organizações de favela atuando na redução das iniquidades em saúde nas periferias de 18 cidades do estado.

Fonte:

https://portal.fiocruz.br/noticia/plano-fiocruz-de-enfrentamento-covid-19-nas-favelas-do-rio-completa-dois-anos

Publicado: 06/07/2023

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