A Fiocruz completou, na quarta-feira (28/6), dois anos de debates mensais com organizações sociais que atuam nas favelas do Rio de Janeiro. O ciclo de debates, que começou em 2021, já impactou diretamente mais de 200 mil pessoas.
Neste período, foram realizados
25 encontros para debater temas como segurança alimentar, educação, saúde
mental, trabalho e renda, comunicação e informação popular em saúde, além da
promoção de territórios sustentáveis e saudáveis.
A reunião que marcou os dois
anos de formação desta rede contou com a presença de gestores do Plano, além de
membros do Comitê de Monitoramento Interinstitucional da UFRJ e da Uerj e
representantes dos projetos executados no âmbito Chamada Pública.
Durante o encontro, foi
apresentado um panorama atual da execução da primeira fase do Plano. Dos 54
projetos contemplados nessa fase, 50 já concluíram as atividades, mas
permanecem integrando os debates.
Desde o início do Plano, já
foram realizadas sete grandes ações para ampliar as capacidades institucionais
das organizações, como oficinas, encontros e campanhas. Os investimentos
somados na primeira convocação são de R$ 5,5 milhões.
A chefe de gabinete da
presidência da Fiocruz, Zélia Profeta, esteve presente na reunião e reforçou a
importância das temáticas abordadas nos debates do grupo para a Fundação.
"Sou de Belo Horizonte e
trabalhei com temas relacionados a saúde da população mais vulnerabilizada que
vive nas periferias. Minha presença nas reuniões do Plano de Enfrentamento à
Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro mostra justamente a importância das
pautas de saúde focadas nesta população para a presidência da Fiocruz",
ressaltou.
O Plano de Enfrentamento à
Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro é resultado de um esforço
interinstitucional envolvendo a Fiocruz, a UFRJ, a Uerj, a PUC-Rio, a Abrasco,
sindicatos de profissionais das áreas de saúde e assistência social, bem como
organizações baseadas em favelas.
Ao todo, já foram financiados 54
projetos que receberam recursos de R$50 mil até R$ 500 mil reais para executar
ações de combate à Covid-19 nas favelas.
O assessor de Relações
Institucionais da Fiocruz, Valber Frutuoso, aponta para a relevância da
continuidade dos debates com as organizações sociais após a execução de parte
dos projetos já finalizada.
"Essa interlocução é
fundamental, porque é uma forma de mantermos todos informados sobre as questões
relacionadas ao financiamento da continuidade do plano e também ouvirmos as
organizações. Esse alinhamento nos mantém juntos no mesmo propósito, que é o de
promover as articulações que atendam as urgências em saúde nas favelas",
explica.
Durante o último encontro com as
lideranças comunitárias de favelas, foi apresentado a proposta para um curso de
formação em captação de recursos, com o objetivo de contribuir para a autonomia
das organizações sociais na busca pelo financiamento de suas atividades.
O coordenador-executivo do Plano
Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins, destaca a
importância dos debates mensais com as organizações sociais.
"A possibilidade para
nossas instituições de integrar esta rede sociotécnica e mensalmente há 2 anos
produzir encontros, diálogos e consensos para atuação conjunta auxilia no
fortalecimento do princípio de participação social do SUS, amplia nossas
capacidades internas de coordenação de parcerias e possibilita que cheguemos
mais longes por estarmos associados", enfatiza Martins.
As lições aprendidas ao longo
desse período serão aplicadas na continuidade dos projetos aprovados na I
Chamada Pública. A rede terá mais de 90 organizações de favela atuando na
redução das iniquidades em saúde nas periferias de 18 cidades do estado.
- Foram ao todo dois anos de debates
mensais com organizações sociais das favelas do Rio de Janeiro.
- Os debates impactaram diretamente mais de
200 mil pessoas.
- Foram realizados 25 encontros para
debater temas como saúde, educação e segurança alimentar.
- A primeira fase do Plano de Enfrentamento
à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro investiu R$ 5,5 milhões.
- Uma nova Chamada Pública foi aberta para
financiar mais 40 organizações.
- A rede terá mais de 90 organizações de favela
atuando na redução das iniquidades em saúde nas periferias de 18 cidades
do estado.
Fonte:
Publicado: 06/07/2023
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