quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Humanizasus I


Olá, hoje destaco para vocês um trecho do Documento Humaniza SUS, que trata das Diretrizes para a implementação do serviço humanizado nas unidades de saúde. Desde a postagem anterior finalizamos as listagens das Unidades de Saúde, a partir de agora, se houver qualquer atualização desta lista prontamente publicaremos aqui. Nossas atualizações continuam semanalmente as quintas-feiras como até então. Espero que seja útil e que gostem. Até o próximo post!

Diretrizes gerais para a implementação da PNH nos diferentes níveis de atenção
1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os profissionais e a administração, pro­movendo a gestão participativa.
2. Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de Hu­manização com plano de trabalho definido.
3. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de me­dicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias.
4. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e co-responsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde.
5. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos.
6. Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência acolhedora e confortável.
7. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores.
8. Implementar um sistema de comunicação e de informação que promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde.
9. Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
Diretrizes específicas por nível de atenção
Na Atenção Básica:
1. Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social, considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde.
2. Incentivar práticas promocionais de saúde.
3. Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a hierar­quização de riscos e o acesso aos demais níveis do sistema.
4. Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a au­mentar o grau de co-responsabilidade, e com a rede de apoio profissional, visando a maior eficácia na atenção em saúde.
Na Urgência e Emergência, nos pronto-socorros, nos pronto-atendimentos, na Assistência Pré- Hospitalar e outros:
1. Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, ga­rantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência.
2. Comprometer-se com a referência e a contra-referência, au­mentando a resolução da urgência e emergência, provendo o acesso à estrutura hospitalar e a transferência segura, conforme a necessidade dos usuários.
3. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de in­tervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.
Na Atenção Especializada:
1. Garantir agenda extraordinária em função da análise de risco e das necessidades do usuário.
2. Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma pública, incluídos na rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e contra-referência.
3. Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda multi­profissional em ações diagnósticas, terapêuticas que impliquem diferentes saberes e terapêuticas de reabilitação.
4. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de in­tervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.
Na Atenção Hospitalar:
Neste âmbito, propomos dois níveis crescentes (B e A) de padrões para adesão à PNH:
Parâmetros para o nível B:
- Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido.
- Garantia de visita aberta por meio da presença do acompa­nhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante.
- Mecanismos de recepção com acolhimento aos usuários.
- Mecanismos de escuta para a população e os trabalhado­res.
- Equipe multiprofissional (minimamente com médico e en­fermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede social.
- Existência de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares.
- Garantia de continuidade de assistência com sistema de re­ferência e contra-referência.
Parâmetros para o nível A:
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho implantado.
- Garantia de visita aberta por meio da presença do acompa­nhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante.
- Ouvidoria em funcionamento.
- Equipe multiprofissional (minimamente com médico e en­fermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede social.
- Existência de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares.
- Garantia de continuidade de assistência com sistema de refe­rência e contra-referência.
- Conselho gestor local com funcionamento adequado.
- Existência de acolhimento com avaliação de risco nas áreas de acesso (pronto-atendimento, pronto-socorro, ambulatório, serviço de apoio diagnóstico e terapia).
- Plano de educação permanente para trabalhadores com temas de humanização em implementação.

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