Olá, hoje
destaco para vocês um trecho do Documento Humaniza SUS, que trata das
Diretrizes para a implementação do serviço humanizado nas unidades de saúde. Desde a postagem anterior finalizamos
as listagens das Unidades de Saúde, a partir de agora, se houver qualquer
atualização desta lista prontamente publicaremos aqui. Nossas atualizações
continuam semanalmente as quintas-feiras como até então. Espero que seja útil e
que gostem. Até o próximo post!
Diretrizes
gerais para a implementação da PNH nos diferentes níveis de atenção
1. Ampliar o
diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os
profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa.
2.
Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de Humanização com plano
de trabalho definido.
3. Estimular
práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando
ações intervencionistas desnecessárias.
4. Reforçar
o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo,
estímulo a diferentes práticas terapêuticas e co-responsabilidade de gestores,
trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde.
5.
Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência
intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos
(sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos.
6. Adequar
os serviços ao ambiente e à cultura local, respeitando a privacidade e
promovendo uma ambiência acolhedora e confortável.
7.
Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de
colegiados gestores.
8.
Implementar um sistema de comunicação e de informação que promova o
autodesenvolvimento e amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde.
9. Promover
ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em
equipe e da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a
ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
Diretrizes
específicas por nível de atenção
Na
Atenção Básica:
1. Elaborar
projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social,
considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde.
2.
Incentivar práticas promocionais de saúde.
3.
Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a
otimização dos serviços, o fim das filas, a hierarquização de riscos e o
acesso aos demais níveis do sistema.
4.
Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a aumentar o grau de
co-responsabilidade, e com a rede de apoio profissional, visando a maior
eficácia na atenção em saúde.
Na
Urgência e Emergência, nos pronto-socorros, nos pronto-atendimentos, na
Assistência Pré- Hospitalar e outros:
1. Acolher a
demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado
aos demais níveis de assistência.
2.
Comprometer-se com a referência e a contra-referência, aumentando a resolução
da urgência e emergência, provendo o acesso à estrutura hospitalar e a
transferência segura, conforme a necessidade dos usuários.
3. Definir
protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e
respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.
Na
Atenção Especializada:
1. Garantir
agenda extraordinária em função da análise de risco e das necessidades do
usuário.
2.
Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma pública, incluídos na
rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e
contra-referência.
3. Otimizar
o atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional em ações
diagnósticas, terapêuticas que impliquem diferentes saberes e terapêuticas de
reabilitação.
4. Definir
protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e
respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.
Na
Atenção Hospitalar:
Neste
âmbito, propomos dois níveis crescentes (B e A) de padrões para adesão à PNH:
Parâmetros
para o nível B:
- Existência
de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido.
- Garantia
de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social,
respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das
necessidades do acompanhante.
- Mecanismos
de recepção com acolhimento aos usuários.
- Mecanismos
de escuta para a população e os trabalhadores.
- Equipe
multiprofissional (minimamente com médico e enfermeiro) de atenção à saúde
para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para
atendimento à família e/ou à sua rede social.
- Existência
de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas
hospitalares, como as de cuidados domiciliares.
- Garantia
de continuidade de assistência com sistema de referência e contra-referência.
Parâmetros
para o nível A:
- Grupo de
Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho implantado.
- Garantia
de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social,
respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das
necessidades do acompanhante.
- Ouvidoria
em funcionamento.
- Equipe
multiprofissional (minimamente com médico e enfermeiro) de atenção à saúde
para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para
atendimento à família e/ou à sua rede social.
- Existência
de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas
hospitalares, como as de cuidados domiciliares.
- Garantia
de continuidade de assistência com sistema de referência e contra-referência.
- Conselho
gestor local com funcionamento adequado.
- Existência
de acolhimento com avaliação de risco nas áreas de acesso (pronto-atendimento,
pronto-socorro, ambulatório, serviço de apoio diagnóstico e terapia).
- Plano de
educação permanente para trabalhadores com temas de humanização em
implementação.
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